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Comunidade de Santo Antonio da Platina recebe projeto Justiça no Bairro

Santo Antonio da Platina, norte pioneiro do Estado do Paraná, recebeu entre os dias 25 e 27 de julho o projeto de responsabilidade social do Tribunal de Justiça do Paraná, Justiça no Bairro. O projeto obteve mais de quatro mil atendimentos, deste total mais de 60 audiências da demanda reprimida na esfera consensual e mais de 50 no litigioso de pessoas até então sem acesso a justiça com deferimento de liminar e ou tutela antecipatória, além da coleta do DNA.

Durante o evento, que aconteceu no Centro Catequético da cidade, foram realizadas mais de 435 audiências de processos em trâmite na comarca envolvendo pericias relativas às ações previdenciárias, interdição, DPVAT e exame de insanidade mental. Para a Juíza da Vara Cível, da Fazenda Pública, Acidentes do Trabalho, Registros Públicos e Corregedoria do Foro Extrajudicial, Juizado Especial Cível e Juizado Especial da Fazenda Pública de Santo Antonio da Platina, Joana Tonetti Biazus, essa foi uma oportunidade de zerar a pauta. "Muitos que participaram do evento saíram daqui aposentados ou com o deferimento do benefício pleiteado. Nós pudemos sentir a alegria das pessoas, o fato de sentirem-se amparadas pelo Estado. É fantástico o projeto, ver, sentir e participar de todo o funcionamento da Justiça, ágil e célere que consegue levar o Direito de uma forma efetiva para a população", esclareceu.  

Maristella Andrade de Carvalho, Juíza da Vara Criminal, Família e Sucessões, Infância e Juventude e Juizado Especial Criminal, destacou que a vontade de trazer o projeto para a Comarca era antiga, e que o propósito era mostrar para a população outra vertente do Poder Judiciário. "Pretendíamos uma aplicação imediata da Justiça e a possibilidade da conciliação, de forma tão pronta, acabou por acontecer aqui e facilitar os trabalhos. Isto também foi muito bem aceito pela população", ressaltou.

Segundo o Juiz Eduardo Ressetti Pinheiro Marques Vianna, que está há poucos meses na Comarca, o projeto é excelente porque vemos todas as etapas da demanda.

Os serviços incluíram a confecção de mais de 150 carteiras de identidade, além de inúmeros serviços prestados pelas secretarias da administração pública e demais parceiros como o trabalho desenvolvido pelo Hospital Erasto Gaertner na área da saúde.

A Juíza de Apucarana Renata Bolzan Jauris disse que a experiência no Justiça no Bairro é emocionante. "Adotei o projeto porque leva a Justiça para as pessoas que mais precisam. Traz a efetividade e resolução dos processos em trâmite. Esse é o momento no qual compartilhamos e percebemos como a comunidade precisa da nossa participação e acolhimento, contribuindo para o engrandecimento como seres humanos", concluiu.

Os profissionais da saúde, voluntários do Justiça no Bairro, atuaram nos exames clínicos fazendo as perícias  previdenciárias,  interdição, DPVAT e de insanidade mental. Participaram médicos voluntários de Curitiba e região, incluindo um jovem médico que deslocou-se de Minas Gerais e do exército brasileiro .

"O que chamou a atenção e trouxe a satisfação do dever cumprido foi à participação da comunidade como um todo, demonstrando não só o espírito de solidariedade, mas o comprometimento do cidadão com a responsabilidade social de cada um para com o outro", ressaltou a coordenadora do projeto, Desembargadora Joeci Camargo. E complementou: "Indiscutivelmente a estrutura e organização do evento por parte do SESC de Santo Antonio foi impecável com o Projeto SESC cidadão".

Casamento Coletivo - o espaço Luz de Lua ao abrigar a celebração do casamento de 117 casais, realizou o sonho de cada casal de ter o casamento no lugar mais badalado da região, gentilmente cedido pelo proprietário do espaço de eventos. Para abrilhantar o casamento até mesmo as filhas do magistrado de Ribeirão do Pinhal foram daminhas.

O momento foi de homenagens, já que a cidade comemora o seu centenário, oportunidade em que a Desembargadora Joeci Machado Camargo, coordenadora do Justiça no Bairro, disse o porquê de sua ligação, mesmo antes de nascer, com a cidade e com o Judiciário. Contou que sua mãe, Dona Didi ao saber que naquela cidade o Juiz era uma mulher desejou ardentemente e com fé, na frente do Fórum que se nascesse uma filha, seria Juíza. Na época estava grávida de Joeci.

A Desembargadora fez questão de elogiar o trabalho desempenhado pela Prefeitura, pelos magistrados, pelos advogados e comunidade jurídica em geral, instituições de ensino e igualmente agradeceu a equipe de voluntários, servidores do judiciário e do SESC.

Mais uma vez o projeto contou com a colaboração dos seus parceiros, Sistema Fecomércio – SESC/SENAC, ICI Instituto Curitiba de Informática, Copel e a FAE. Participaram efetivamente, além dos juízes já mencionados, os magistrados Renato Garcia de Cambará, Anne Regina Mendes de Jacarezinho, José Eugenio do Amaral Souza de Joaquim Távora, Oswaldo Alves da Silva de Ribeirão do Pinhal e Thiago Cavicchioli Dias de Cianorte; a Promotora de Justiça Maricléia Borio da Silva, advogados, professores e alunos.

O médico do exército Gustavo Graziani Guandalini, a equipe de médicos voluntários, José Antonio Rocco, Edson Keity Otta, Paulo Wagner Teichmann Silva, Marcia Christina Correia, Sonia Kazumi Iramina, João Manoel Agner Moreira, Vanessa de Mattos Barros, Yugo William Sakamoto, Cesar Augusto Baggio Pereira, Marcelo Ricardo Kutzke, Douglas Barbosa Ferreira Souza, Ivan Pinto Arantes, Barbara Falcone, Mauro Farnocchia, David Seraphin Junior e Roberto Feitoza Silva, também participaram do projeto e as faculdades FAE e PUC de Curitiba, FANORPI de Santo Antonio da Platina, UENP de Jacarezinho e FIO de Ourinhos.