Três novas exposições estão abertas ao público no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR). Até o fim de setembro, estarão em exibição no Palácio da Justiça e na Esplanada do Prédio Anexo, em Curitiba, obras dos artistas paranaenses João Carneiro e Sandra Hiromoto. 

“O objetivo destas mostras é trazer a sensibilidade de pessoas que conseguem captar esta apreensão do espírito humano ao observar a natureza de qualquer ordem e traduzi-las na tela com as cores e técnicas que inspiram estes grandes artistas”, diz a desembargadora Sônia Regina de Castro, presidente da Comissão Socioesportiva e Cultural (Cosec), responsável pela iniciativa. 
 
Já no Museu da Justiça foi inaugurada a exposição fotográfica do servidor Daniel Rachid Pezzato que retrata a arquitetura prisional no antigo presídio do Ahú, antes da reforma e construção do atual Fórum Criminal de Curitiba, e também no Complexo Penitenciário de Piraquara. 
 
Exposição “47 anos de arte” 

 
Os quadros do ponta-grossense João Carneiro estão expostos no espaço ao lado da Capela, no Palácio da Justiça. Em referência à chegada da primavera e ao Dia da Árvore, celebrado em 21 de setembro, ele reuniu obras em que dão destaque às Araucárias, árvores típicas das paisagens dos paranaenses. 
 
O artista valorizou a chance de protagonizar a exposição. “Quero agradecer ao Tribunal pelo acolhimento. É muito importante abrir a oportunidade para os artistas mostrarem seus trabalhos. Existe uma necessidade de mostrar o artista, trazê-lo do ateliê onde fica ‘escondido’ trabalhando para dentro dos espaços de cultura para serem divulgados”. 
 
Exposição “Um Lugar Infinito” 

 
A pintora e interventora Sandra Hiromoto trouxe ao TJPR a exposição “Um Lugar Infinito”. As flores são destaques nas obras que estão expostas na Esplanada do Prédio Anexo. “É uma produção recente do período da pandemia em que eu trabalhei muito no jardim da minha casa, plantei muitas flores e folhagens. Comecei a sentir aquela textura e cores, e tudo aquilo impregnou dentro de mim. Eu penso que quando nós fechamos os olhos temos o infinito dentro da gente e pensei nessa viagem, no infinito interno e no externo que vem através do contemplar da natureza”, explica. 
 

Arquitetura prisional 

Fruto de pesquisas acadêmicas nas áreas de criminologia e gestão de conflitos, a exposição fotográfica do servidor Daniel Rachid Pezzato está no Museu da Justiça e destaca a arquitetura prisional no antigo presídio do Ahú e no Complexo Penitenciário de Piraquara. 
 
A exposição promovida pelo TJPR faz parte da programação em comemoração aos 132 anos do Tribunal e aos 300 anos da Justiça Togada no Paraná, e propõe uma reflexão sobre a necessidade de soluções no sistema penitenciário, demonstrando que a Corte de Justiça paranaense está atenta à questão, propiciando ideias, debates e estudos sobre o tema. 
 
“A ideia desta mostra fotográfica é tentar demonstrar como nós temos nos relacionado com a problemática criminal, qual é a resposta que o Estado tem dado a isso. Faz parte também dessa busca do próprio Tribunal de debater essas questões e buscar soluções”, afirma o fotógrafo. 

“Essa mostra retrata uma triste realidade brasileira que é a forma como nós tratamos as pessoas que são privadas de liberdade. A história da humanidade passa por uma crescente de respeito aos direitos humanos, e não podemos jamais regredir nessa proposta. Tudo que se relacionar à promoção dos direitos humanos terá apoio do nosso Tribunal”, destaca o presidente do TJPR, desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen.