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Impactos da Violência Doméstica e Familiar na Saúde das Mulheres e das Crianças
De acordo com pesquisas do IPEA sobre a relação entre a violência doméstica e o trabalho da mulher, foram encontradas evidências de que a saúde mental da mulher fica comprometida quando ela está exposta a esse tipo de violência. Alguns pontos estudados entre as mulheres que sofreram violência doméstica no último ano foram a capacidade de concentração, de dormir e de tomar decisões, o estado de estresse e a felicidade.
O resultado da pesquisa demonstrou que essas mulheres possuem maior probabilidade de apresentar:
Baixa autoestima;
Ansiedade;
Transtorno de estresse pós-traumático;
Depressão.
Além desses fatores, sabe-se que a vítima de abusos tem maior probabilidade de sofrer abortos e de adquirir DST (doença sexualmente transmissível).
Há estudos que comprovam que a violência doméstica, além de afetar a saúde das mulheres, também provoca impactos na saúde física e psicológica das crianças e dos adolescentes que vivem em ambientes violentos.
Além de agressividade, depressão e isolamento, as crianças e adolescentes que presenciam situações de violência doméstica e familiar podem ter seu desenvolvimento comprometido, podendo apresentar:
Dificuldades de aprendizado;
Déficit cognitivo;
Transtornos mentais.
Fatores de Risco X Fatores de Proteção
A violência doméstica e familiar atinge mulheres de todas as idades, classes sociais e níveis de escolaridade.
No entanto, existem alguns fatores que aumentam o risco de a mulher entrar nessa situação:
Isolamento social;
Ausência de rede de serviços de saúde e proteção social bem estruturada e integrada;
Pouca consciência de direitos;
Histórico de violência familiar;
Transtornos mentais;
Uso abusivo de bebidas e drogas;
Dependência afetiva e econômica;
Presença de padrões de comportamento muito rígidos;
Exclusão do mercado de trabalho;
Deficiências;
Vulnerabilidades relacionadas a faixas etárias raça/etnia e escolaridade, entre outros.
Ao mesmo tempo, podemos encontrar fatores que diminuem esse risco
Bom relacionamento familiar e fortes vínculos afetivos;
Apoio e suporte social de pessoas e instituições;
Atitude de buscar ajuda de outras pessoas ou de profissionais competentes na área;
Perseverança para enfrentar obstáculos;
Autoestima elevada;
Capacidade de sustentar a si mesma e à sua família;
Relações de trabalho harmoniosas;
Consciência de direitos, entre outros.